O desejo de anunciar o Reino de maneira efetiva em qualquer
local que eu esteja, me motivou a buscar alguma alternativa para cumprir essa
missão dentro da minha universidade. Não vejo as discussões e debates dentro de
uma sala de aula como uma boa maneira de defender a minha fé. A fé não é para
ser explicada, é para ser vivida.
Foi com base nessa revelação que Deus me deu a oportunidade
de iniciar e liderar um projeto na Universidade Federal do Rio de Janeiro
chamado Conexão. Em Outubro de 2014, juntamente com 5 amigos do curso de
Psicologia, comecei a organizar reuniões semanais no Campus Praia Vermelha,
onde temos a oportunidade de cantar algumas músicas, compartilhar uma palavra e
orar uns pelos outros.
Desde o início, eu sempre fui bem claro ao dizer que o
objetivo era que pudéssemos nos reunir em um local em que todos consigam nos
ver e se sentir a vontade para estar conosco. Se o meu desejo é alcançar
aqueles que ainda não conhecem a fé, por que eu iria me esconder deles?
Acredito que essa maneira anunciar e expor o Reino de Deus com as nossas
próprias vidas é muito mais efetivo do que eu entrar em debates e discussões
teológicas com professores e colegas de faculdade.
Temos vivido experiências incríveis com a Conexão. O que
inicialmente era uma reunião de 5 a 8 alunos de Psicologia, hoje é uma reunião
de aproximadamente 30 pessoas de diversos cursos, idades e estilos. Nosso grupo
tem crescido de maneira natural. Utilizamos mídias sociais para divulgar,
porém, os maiores instrumentos de convites são as próprias pessoas que
participam da Conexão. É notório o impacto que esse projeto causa quando
estamos reunidos em frente ao Instituto de Psicologia, as pessoas ao redor não
tem a possibilidade de não perceber que existe um grupo de estudantes que anuncia
uma mensagem de fé, esperança e amor.
Tenho ensinado para os integrantes da Conexão, que a nossa fé
será a grande arma para alcançarmos as vidas. Eu creio que estamos anunciando o
Reino com as nossas próprias vidas dentro da universidade, sem precisar
discutir e gerar um clima de confronto com os céticos. Temos sido respeitados
em todo momento, e eu acredito que seja devido a esse comportamento de não atacarmos,
mas atrairmos as pessoas.
Outra maneira de conseguirmos atingir os perdidos tem sido a
oração. Certa vez eu li um livro chamado “Igreja Total – Repensando radicalmente
a nossa apresentação do evangelho na comunidade” de Steve Timmis e Tim Chester.
Através dessa leitura, eu fui confrontado com uma ideia que me fez refletir.
Precisamos orar mais por aqueles que estão próximos a nós todos os dias, nossos
professores, nossos colegas de classe, os funcionários do estabelecimento,
zeladores, tios da cantina, etc. Após essa reflexão, em vez de orarmos uns
pelos outros como eu fazia até então, começamos um propósito de orarmos por
esses que estão fora do contexto cristão e que normalmente não são lembrados em
nossas orações.
Essa tem sido a revelação que Deus me deu para anunciar o
evangelho dentro de uma universidade. Em 6 meses, 2 jovens foram atraídos por
esse projeto e me procuraram para dizer que queriam viver aquilo que vivemos, a
fé.
Escrito por Thiago Henrique
Reunião da Conexão no Campus Praia Vermelha da UFRJ |
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