João 4:9
“Disse-lhe então a mulher samaritana: Como, sendo tu judeu,
me pedes de beber a mim, que sou mulher samaritana? (Porque os judeus não se
comunicavam com os samaritanos.)”
Certa vez eu aprendi que princípios de Deus são imutáveis
pois foram gerados por Ele mesmo. Já as tradições, que são geradas pelos homens,
não podem ser uma conduta eterna para as nossas vidas.
No capítulo 4 de João, vemos que Jesus ousa a começar uma
conversa com uma mulher de Samaria, uma cidade que tinha por tradição não se
relacionar e muito menos falar com os judeus. A questão não é discutir quem
começou essa rivalidade e quem estava errado nessa situação, mas o meu objetivo
é mostrar como Jesus não se importou para as diferenças, restrições e
resistências para anunciar o evangelho.
Jesus usou uma ferramenta primordial para a pregação das
boas novas, o relacionamento. Através do início de uma relação de conversa
entre Ele e essa mulher, os paradigmas que existiam entre os dois povos foram
deixados de lado para que um desejo em comum fosse compartilhado, a salvação.
Em nenhum momento Jesus desrespeitou aquela mulher, pelo
contrário, Jesus gera uma curiosidade naquela mulher ao falar sobre coisas além
da racionalidade dela. A fé foi despertada na vida da mulher samaritana. A fé é
o resultado de um relacionamento que anuncia a salvação. A mulher teve sua vida
totalmente transformada que chega a dizer para Jesus: “Vejo que és profeta”.
Não tenha medo, quebre paradigmas e tradições, se relacione
com pessoas que você nunca imaginou se relacionar, anuncie a salvação para ela,
gere fé no coração dela, e os resultados dessa relação serão manifestados para
a glória de Deus. Seja um profeta que alcance as pessoas através dos
relacionamentos inesperados.
Após Jesus transformar e quebrar os paradigmas na vida da
mulher samaritana, ela volta para a sua cidade e transforma a vida de outros
samaritanos. O evangelho é isso, como se fosse uma árvore genealógica,
transforme pessoas que irão transformar outras através dos relacionamentos
interpessoais, fé e a salvação.
Escrito por Thiago Henrique